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Presidente mundial adventista se reúne com secretário da ONU

Líderes discutem formas de ajudar as pessoas e promover a tolerância religiosa.


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Silver Spring, Maryland, Estados Unidos... [ASN] O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou preocupações sobre a crescente intolerância religiosa em todo o mundo durante uma reunião privada com o presidente mundial da Igreja Adventista, pastor Ted N.C. Wilson, e convidou a Igreja Adventista do Sétimo Dia para trabalhar com a ONU ajudando as pessoas.

Wilson, o primeiro presidente da Igreja Adventista a se reunir com um chefe da ONU, observou que a Igreja tem apoiado há muito tempo a liberdade religiosa e disse que ela estava disposta a se unir a iniciativas que seguiam o ministério de Cristo de ajudar as pessoas física, mental, social e espiritualmente.

Ganoune Diop, diretor associado do departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista mundial, destacou que seu departamento leva a sério as palavras de Jesus de ser “o sal da terra” e “a luz do mundo”, como registrado em Mateus 5:13, 14. Ban se reuniu com Wilson, Diop e John Graz, diretor do departamento de Deveres Cívicos e Liberdade Religiosa, às 12:10 de segunda-feira, 6 de abril, para uma reunião de 45 minutos em seu escritório na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

A reunião foi organizada com o envolvimento pessoal do embaixador Joseph Verner Reed, reitor do subsecretário geral da ONU e amigo dos adventistas do sétimo dia, que regularmente se correspondia com Diop para tornar a reunião uma realidade. “Foi um verdadeiro privilégio encontrar o secretário-geral e ouvir seu apelo por ajuda à humanidade”, Wilson contou à Adventist Review.

Oportunidade para testemunhar

“Os adventistas do sétimo dia devem estar prontos para testemunhar do Senhor em qualquer lugar aonde formos e para testificar da bênção de Deus em nossas vidas e o que podemos fazer em Seu nome”, reforça Wilson. “O mundo está esperando por este tipo de testemunho inspirado pelo céu com respostas claras para os problemas de hoje.”

Ban falou sobre questões globais como a pobreza e a falta de educação antes de expressar sua preocupação sobre a intolerância religiosa que atinge níveis sem precedentes em todo o mundo. Só na semana passada, um grupo militante islâmico matou 148 pessoas em um ataque contra os cristãos em uma universidade queniana. O Estado Islâmico (IS) e outras organizações extremistas no Iraque, Síria, Nigéria, Líbia e em outros lugares também miraram nos cristãos e em outros grupos religiosos com violência muitas vezes mortal nos últimos meses.

O secretário ressaltou sua crença de que as pessoas devem cultivar o respeito por todos, incluindo pessoas de outras religiões. Ele indicou que apreciava o trabalho da Igreja Adventista na promoção da liberdade religiosa, bem como na educação, na saúde e na ajuda humanitária através da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais. A ADRA tem trabalhado com a ONU na assistência aos refugiados no Oriente Médio e em outros lugares.

Wilson agradeceu Ban pela reunião e falou sobre diversas iniciativas da Igreja que correspondem com a missão da ONU para ajudar as pessoas.

“Tivemos uma excelente reunião com o secretário-geral e alguns de sua equipe, compartilhando com eles sobre as atividades da Igreja Adventista”, destaca Wilson. “Focamos em certas coisas com as quais a Igreja Adventista pode ajudar, tais como a liberdade religiosa, a liberdade de consciência, os valores éticos e espirituais, o respeito pela dignidade humana, a orientação familiar, o incentivo para os jovens, e as necessidades básicas humanas, como água pura e ensino fundamental.”

Cooperação

“Só se formos conduzidos pelo Senhor, poderemos ser verdadeiramente eficazes em nossa ação missionária para o mundo preparando as pessoas para a breve volta de Cristo, realizando o ministério prático de Jesus através do poder do Espírito Santo”, acrescenta o presidente mundial adventista.

Na reunião com Wilson, Graz fez um breve relato sobre os principais congressos organizados pela Associação Internacional de Liberdade Religiosa, afiliada da Igreja que promove a liberdade religiosa e o forte apoio da Igreja ao Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz que toda pessoa tem direito “de mudar de religião ou crença”.

Graz, secretário geral da Associação Internacional de Liberdade Religiosa, disse que estava animado para ver a preocupação de Ban sobre a intolerância religiosa e o desejo de ver as pessoas de boa vontade trabalhar juntas para trazer justiça e liberdade. “Foi uma reunião histórica entre o secretário-geral da ONU e o presidente da Igreja Adventista sobre o estado do mundo e como podemos ajudar as pessoas a vive em ambientes muito difíceis”, argumenta Graz. “Como discípulos de Jesus, queremos ajudar as pessoas e especialmente aquelas que não têm voz, que são discriminadas e perseguidas”, afirma ele. “Desta forma, compartilhamos os valores essenciais da ONU.”

Diop disse que ele também viu formas que a Igreja e as Nações Unidas poderiam cooperar, particularmente na erradicação da pobreza e na promoção da educação e da saúde. “O portfólio impressionante que a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem desenvolvido para o serviço a toda a família humana notavelmente ressoa com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, disse ele em uma declaração. [Equipe Adventist Review, Andrew McChesney]