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Mais de 50% dos adventistas sul-americanos têm menos de 35 anos

Dados sobre adventistas hoje estão mais precisos graças a um sistema online de registro utilizado pela Igreja em várias partes do mundo.


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Jovens estão entre o grupo mais expressivo numericamente nas estatísticas oficiais da Igreja na América do Sul

Jovens estão entre o grupo mais expressivo numericamente nas estatísticas oficiais da Igreja na América do Sul

Brasília, DF ... [ASN] A Secretaria Executiva da Igreja Adventista para oito países sul-americanos divulgou novos dados que evidenciam um perfil jovem dos membros da organização. Conforme os dados, 40,3% dos adventistas, que frequentam igrejas no Equador, Bolívia, Peru, Chile, Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil, possuem idade entre 16 e 35 anos. Na faixa etária até 15 anos o percentual é de 15,1% (crianças e adolescentes). Os dados foram computados até abril desse ano.

O grupo entre 36 e 65 anos de idade responde por 34% do total de membros registrados no sistema geral da Secretaria chamado ACMS (Adventist Church Management System, que foi desenvolvido pela Igreja no território e que foi adotado pela Secretaria da Igreja em âmbito mundial. Os idosos, entre 66 e 110 anos, somam 10,6% do total. Os dados levantados mostram, ainda, que há pelo menos 1.147 homens e 1.794 mulheres cadastrados como membros da Igreja Adventista entre 96 e 100 anos de idade. São os mais longevos adventistas no território.

Para efeitos de uma tentativa de comparação, em 2014 o Instituto Latinobarómetro fez uma avaliação ampla de dados de vários países latino-americanos e constatou algumas características do cristianismo por aqui. O estudo levou em conta pesquisas e estatísticas de diferentes centros de pesquisa de países com Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Na faixa entre 16 e 25 anos, o percentual de católicos latino-americanos enquadrados nessa categoria é de 61%, enquanto o de evangélicos em geral (onde estão incluídos, nesse caso, os adventistas) é de 19%. Quando se fala em mais de 60 anos, o perfil em geral da América Latina é de 74% de católicos e 14% de evangélicos.

Grau de instrução

Apesar de jovem, a Igreja Adventista sul-americana não apresenta, na análise geral, um grupo com elevado grau de instrução média. Conforme as estatísticas, 55,4% dos membros adventistas na região possuem o Ensino Fundamental, enquanto 34,5% concluíram o Ensino Médio. Apenas 7,7% possuem o Ensino Superior, 0,3% são pós-graduados, 0,2% possuem mestrado e ínfimos 0,1% concluíram algum tipo de doutorado. O percentual de analfabetos chega a 1,9%.

Comparando com o estudo da Latinobarómetro, é possível constatar que, de acordo com esse levantamento latinoamericano, no grupo de educação básica o percentual de católicos enquadrados é de 64% e o de evangélicos 22%. Em relação a ensino superior, o enquadramento de católicos é de 72% enquanto o de evangélicos chega a apenas 10%.

Estado civil

O perfil de uma igreja mais jovem, de pouca instrução e predominantemente solteira se confirma a partir dos dados da Secretaria Executiva. Os solteiros somam 63,4% do total, os casados são 32,20%, os viúvos 3%, mas os divorciados chegam a apenas 0,90% e os separados a 0,50%.

Batismos por idades

Outro dado interessante do levantamento da Secretaria Executiva da Igreja Adventista foi como a organização tem recebido novos membros. Uma das formas mais comuns é o batismo. Segundo a análise, entre 2010 e 2014, o grupo que mais ingressou por batismo no território atendido pela Divisão Sul-Americana foi entre 11 e 15 anos (23,44% do total de batismos). Adolescentes e jovens entre 16 e 20 anos representaram 11,45% do total dos batismos. Acima de 36 anos, apenas para uma comparação, representaram apenas 5,48% do total de batismos.

Para o secretário executivo da Igreja na região, pastor Magdiel Pérez, os números mostram que os adventistas estão, de certa maneira, na média latino-americana em relação ao perfil, mas que na região fica clara a importância de um trabalho forte com crianças, adolescentes e jovens. “Esse público é o mais expressivo, onde temos mais batismos, mais membros ativos e mais perspectiva de crescimento. Naturalmente, nos próximos anos deveremos incrementar ainda mais as ações para que a Igreja seja relevante e mantenha e motive esse grupo”, afirma.

De onde vêm os dados?

Os dados que compõem o levantamento da Secretaria Executiva da Igreja Adventista vêm de uma base de dados organizada a partir das informações que constam da Ficha Batismal. Essa ficha é preenchida sempre que uma pessoa se torna membro da Igreja e é batizada em alguma das congregações. Ali há perguntas, por exemplo, sobre como a pessoa conheceu a igreja, se recebeu estudos bíblicos de um instrutores, sua idade, sua escolaridade, qual era sua religião anterior, entre outros dados.

Depois de preenchida a ficha, o material se transforma em dado digital. A pessoa que responde pela secretaria de uma congregação adventista local faz o cadastro online no sistema ACMS (Adventist Church Management System) utilizado hoje, também, por algumas regiões da América Latina e da região centro-oeste da África e Ásia e que ainda deverá ser utilizado por outras regiões.

A confirmação do cadastro é dada por um funcionário que trabalha em uma associação ou missão local adventista e que autoriza a inclusão do novo cadastro. A partir daí, está oficialmente registrado o novo membro que faz parte das estatísticas gerais da Igreja na região. A Secretaria da Igreja na América do Sul trabalha fortemente na atualização periódica e constante dos dados dos membros, inclusive com campanhas de recadastramento. Magdiel Pérez salienta que o sistema não permite duplicações de nomes, permite cruzamentos e análises diversas dos dados e é muito confiável, pois revela a realidade exata do tamanho e perfil da organização adventista. [Equipe ASN, Felipe Lemos]