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Jovens adventistas preparam pães caseiros e sopa para moradores de rua no centro de Curitiba

Grupo teve apoio da Ação Solidária Adventista (ASA) local e cerca de 50 envolvidos na preparação dos alimentos.


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Juliano é morador de rua e cantou cinco músicas para os jovens voluntários

Juliano é morador de rua e cantou cinco músicas para os jovens voluntários.

Curitiba, PR... [ASN] Tarde ensolarada de domingo, 26 de julho, em Curitiba. Dia oportuno para passear com a família e aproveitar o clima agradável. Porém, o grupo de voluntários do Geração 148 da igreja adventista de São José dos Pinhais dedicou seu tempo, não para si, mas para fazer o bem.

Às 13h, o serviço começou: 30 kg de farinha de trigo, ovos, leite, fermento, tudo arrecadado por meio de doações ao longo da semana para fazer pães caseiros – além dos diversos legumes que se transformaram em uma sopa bem reforçada. Todo o empenho tinha um propósito especial: alimentar e aquecer, ainda naquele domingo, os moradores de rua do centro do município. “A ideia é mostrar o carinho de Deus para essas pessoas. Chegamos a conclusão de que dar o que não tem é fácil, mas difícil mesmo é partilhar”, acredita a líder jovem do grupo, Poliane Carvalho.

Até às 17h, cerca de 50 pessoas estiveram envolvidas no processo de preparação de todos os alimentos para a distribuição no horário e local combinados – às 20h, na rua XV de Novembro.

No fim da ação, 130 pães, 300 sopas (em copos de 300ml e de 500ml), cobertores, luvas, meias e toucas formaram os resultados alcançados. Ainda assim, bem além dos números, os jovens voluntários demonstraram carinho, absorveram lições de vida e tiveram chance de refletir junto aos moradores de rua. Poliane conta que o grupo conheceu pessoas especiais neste trabalho, como por exemplo, Juliano, rapaz muito carente, que gosta de abraçar, não bebe, não fuma e não usa drogas, porém, é sozinho no mundo. Havia também o pequeno Samuel, de dois anos de idade e que chamou a atenção por falar espanhol. Seus pais vendem pulseiras no Largo da Ordem e vieram do Uruguai em busca de oportunidades em Curitiba.

Além deles, outro personagem comoveu Poliane e o grupo naquele dia. “Também fomos abordados por um senhor que chegou quando a sopa já tinha acabado. Ele pediu para cheirar a panela, porque sentir o tempero da sopa já ia matar a fome dele. Não tinha como não chorar. São momentos como esses que nos fazem lembrar que existem muitas pessoas precisando de nós”, compartilha Poliane.

Em apenas 30 minutos, tudo já havia sido distribuído, mas o aprendizado permanece e motiva estes jovens a retornarem. A líder do grupo informa que já existem planos de realizar um projeto de ajuda frequente aos mais necessitados. "A ideia é não parar, porque eles precisam todos os dias. Ainda não sentamos e definimos como será, mas temos a certeza de que precisamos continuar”, encerra. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]