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Caminhoneiro abandona estrada para plantar igrejas

Anualmente, Igreja Adventista relembra importância do ministério pastoral no dia 22 de outubro


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As histórias e exemplos de outros ministros sempre inspiraram Silas a dedicar sua vida ao ministério pastoral. Aos 32 anos, ele se mudou com a família para que pudesse estudar Teologia e se tornar um pastor (Fotos: arquivo pessoal).

Brasília, DF… [ASN] O desejo de ganhar dinheiro foi o que levou Silas Oliveira para a estrada. Natural do Espírito Santo, durante 10 anos o caminhoneiro viajou para diversos lugares, principalmente no Nordeste do País. No entanto, seu grande sonho mesmo sempre foi o de ser um pastor.

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Adventista de terceira geração, ele cresceu ouvindo histórias de missionários e do exemplo de ministros e da forma como dedicavam sua vida para falar de Deus a outras pessoas. “Isso mexia comigo”, confessa. Casado e já pai de três filhas, a família foi para a Bahia. Após cursar Teologia durante quatro anos, Oliveira deu início à vida para a qual se preparou.

Suas viagens, na verdade, nunca terminaram. Desde 1994 ele se mudou várias vezes para Estados do Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Paraná, onde foi pastor distrital, diretor de departamentos como Ministério Jovem, Lar e Família e assumiu cargos de secretário e presidente de sedes administrativas da Igreja.

Mas ele define que uma parte significativa de seu ministério teve início em 2011, quando assumiu a igreja adventista do Portão, em Curitiba, capital do Paraná. “Comecei a orar a Deus para pedir sabedoria para envolver os membros na missão, pois era uma grande congregação com 1.200 fiéis”, esclarece. Foi então que ele iniciou um programa de 40 madrugadas na própria igreja.

Envolvimento missionário

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Em 2013, o projeto ajudou a fortalecer a Igreja Adventista no Uruguai

“Para a minha surpresa tínhamos 150 pessoas todos os dias às 5h da manhã. Ao final desse período, um grupo de 80 pessoas aceitou o desafio de abrir um novo templo no bairro Água Verde”, relembra ao se referir a uma das localidades mais nobres da cidade. Já construída, a congregação tem capacidade para 500 membros.

Batizado como Portão Global, em seis anos o projeto chegou a outros lugares. Construiu e/ou reformou 18 igrejas parcial ou totalmente em quatro Estados do Brasil e duas no Paraguai, sempre priorizando localidades sem presença adventista.

“Nesse período Deus mudou o meu ministério me dando uma nova visão sobre missão global. A minha visão de crescimento de igreja não está no quanto a minha congregação cresceu, mas sim o quanto ela colaborou para o estabelecimento de novas igrejas”, define.

Hoje em Londrina, no Paraná, o mesmo princípio de envolver os membros em projetos evangelísticos continua. Neste ano, 130 pessoas deixaram a igreja adventista central da cidade para inaugurar um novo templo no bairro San Remo. Mas em todos eles, um elemento sempre foi fundamental: o envolvimento com a comunidade local.

Oliveira destaca que sempre entendeu que deveria pedir trabalhadores (Mateus 9:38) para que ajudassem na tarefa de plantar novas igrejas e que as grandes congregações são a resposta da oração de outros templos que não tem tantas pessoas disponíveis. “Por isso todos os anos realizo as madrugadas com Deus na igreja pedindo a Ele que mova o coração dos irmãos para a missão”, sublinha.

Oração como combustível

Ele relembra a história de uma senhora paraguaia que orou durante 60 dias pedindo ajuda para reformar sua igreja. “Nós fomos a resposta dessa oração”, vibra ao dizer que as grandes congregações têm mão de obra, recursos financeiros e desejo de ser missionária. “Basta desafiá-las.”

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Além de ajudar financeiramente, membros também se envolvem ativamente na construção e restauração de igrejas

O segredo, ressalta o pastor, é a oração. Por isso, mais um novo capítulo de seu ministério começou a ser escrito neste ano. O programa de madrugadas que realiza com sua congregação passou a ser transmitido via Facebook, sempre a partir das 5h. Em algumas ocasiões, 3 mil pessoas de países como Portugal, Itália, Chile, Noruega, Holanda, Estados Unidos e Inglaterra acompanham as reuniões.

“Recebo 800 pedidos por dia [via Whatsapp] e muitos testemunhos de milagres, e desses, 60% não são adventistas”, contabiliza Oliveira. Assim como ele, outros 4.661 pastores adventistas estão espalhados em oito países da América do Sul. Eles cuidam de 26.991 templos e são responsáveis por orientar mais de 2,5 milhões de membros.

Neste dia 22 de outubro, Dia do Pastor Adventista, a Igreja homenageia cada um de seus ministros que têm trabalhado também em escolas, colégios, clínicas e hospitais para compartilhar esperança e influenciar a vida dos moradores das comunidades onde estão inseridos. [Equipe ASN, Jefferson Paradello]

Abaixo, veja o vídeo comemorativo: