Unidades de Escola Sabatina são desafiadas a se tornarem pequenos grupos em Novo Hamburgo-RS

Convenção de Escola Sabatina aconteceu em 29 de agosto, no auditório da Fenac.

Por Andreia Silva | Brasil

10 de setembro de 2015

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Unidades de escola sabatina foram desafiadas a tornarem-se unidades de ação, com reuniões extraclasse e atividades missionárias.

Grande número de pessoas presentes já pertenciam às classes de Escola Sabatina que se tornaram unidades de ação, realizando reuniões extraclasse e atividades missionárias.

Novo Hamburgo, RS... [ASN] A Escola Sabatina, momento de estudos em classes (ocorrido antes do culto sabático) nas igrejas adventistas, é também uma oportunidade para desenvolvimento de dons. Além disto, pode ser uma abertura para a realização de trabalhos missionários fora do ambiente convencional, inclusive, reuniões extraclasse que tenham como sede, as casas dos participantes. Estes encontros podem funcionar nos mesmos moldes daqueles feitos em pequenos grupos, momento propício para o surgimento de mobilizações missionárias e, também, incentivo à formação e fortalecimento de vínculos entre integrantes.

A similaridade entre pequenos grupos e classes de Escola Sabatina foi um dos temas-chave da I Convenção de Escola Sabatina da Igreja Adventista para a região central do RS (território da Associação Central Sul-Riograndense – ACSR). O evento aconteceu no sábado, 29 de agosto, na Fenac, em Novo Hamburgo, e buscou, entre outros propósitos, incentivar a multiplicação de pequenos grupos e apresentar aos 2 mil e 500 professores do departamento e anciãos presentes, que este é um "casamento" que dá certo.

O líder ministerial da Igreja Adventista para os oito países sul-americanos, pastor Carlos Hein, defende que os objetivos das unidades de Escola Sabatina vão além de meros encontros para recapitulação dos temas. “Na verdade, a classe de Escola Sabatina é um pequeno grupo. Eu acho que é isso o que Deus deseja, que a Escola Sabatina tenha unidades que não se encontrem apenas para estudar a Bíblia, mas para pôr em prática aquilo que estão aprendendo e para servir, imitando cada dia melhor ao Senhor Jesus”, analisa o líder.

Ainda nesta linha, o presidente da Igreja no Sul do país, pastor Marlinton Lopes, reforça a opinião de que um dos benefícios de se trabalhar junto à pequenos grupos é a possibilidade de realizar um trabalho ainda mais personalizado. “Cada vez mais, a igreja tem crescido, as programações são maiores, e a promoção de um público maior já não surte tanto efeito. Aqui [na convenção], embora estejamos em um grande grupo, eles representam unidades de ação. A expectativa é que cada unidade se transforme em um pequeno grupo e não tenha apenas um encontro cognitivo na igreja no sábado, mas um encontro relacional durante a semana”, sugere.

Guiados através da visão Cada Um Salvando Um, os fiéis também ouviram palestras focadas no envolvimento pessoal na missão, no uso dos dons, na comunhão, no relacionamento entre igreja e comunidade, todos com a finalidade do membro de igreja fazer diferença no ambiente em que vive.

“Nós temos objetivos claros com este evento. Primeiro, celebrar as bênçãos de Deus na Escola Sabatina. Segundo, ajudar na formação de novos líderes de Escola Sabatina e multiplicação pequenos grupos em nosso território”, afirma o presidente da Igreja Adventista para o centro do Estado, pastor Moisés Mattos.

Escola Sabatina, uma plataforma de envolvimento e evangelização

Além de transformar cada unidade de Escola Sabatina em um pequeno grupo que se reúna semanalmente para atividades extraclasse, os presentes também foram desafiados a terem classes com maior comunhão com Deus, a terem 100% dos alunos envolvidos em ações e a incentivarem os fiéis no uso dos dons para a pregação do evangelho. Os anciãos, que também participaram da convenção, também foram desafiados a se tornarem professores titulares ou, ao menos, professores auxiliares de Escola Sabatina. Veja todas as resoluções do evento aqui.

“A Escola Sabatina é um ambiente fantástico para que o membro possa usar aquilo que ele gosta de fazer, as suas habilidades, para ajudar ao semelhante. Por exemplo: atender as necessidades das pessoas, visitar doentes em hospitais, estudar a Bíblia com amigos, e muitas outras atividades”, ressalta o líder de Escola Sabatina na região central do Rio Grande do Sul, pastor Vanderson Assunção.

Professores de Escola Sabatina e anciãos, se comprometeram a incentivar a comunhão, relacionamento e missão dentro de suas igrejas.

Para exemplificar a variedade de dons que existem e, ainda, sobre como a Escola Sabatina estimula o uso dos mesmos, foram apresentados diversos testemunhos ao longo do dia. Um deles foi a história Laços de Fé, que conta o relato da família Brustolin, que conheceu a mensagem adventista através da ação missionária de uma garota de dez anos, e então, começou a espalhar o evangelho para todos os seus parentes e amigos.

“Quando vemos uma multidão como essa, contando e testemunhando daquilo que está acontecendo em sua vida e na sua comunidade, a gente vê um grande movimento. Eu saio daqui com o sentimento de propósito cumprido porque vemos uma igreja que está entendendo o papel da Escola Sabatina, o papel da mobilização leiga, o papel da mobilização de líderes, e todos estes processos servem para levar a igreja para o crescimento”, conclui o líder de Escola Sabatina no Sul do país, pastor Alex Palmeira.

O coração da Igreja

A convenção foi encerrada com o batismo de fiéis do município de David Canabarro (RS), porém, em uma situação curiosa. O tanque foi montado na hora, em frente ao palco, e foi o público quem ajudou a carregar baldes de água para encher o local. Através da situação, quem estava presente pôde enxergar um paralelo à visão evangelística Cada Um Salvando Um, pois o pouco que cada um fez para auxiliar no batismo, resultou em um bem maior.

Fiéis foram incentivados a cumprir a sua parte na pregação do evangelho através do uso dos dons nas atividades que lhes estão ao alcance.

Diante dos desafios propostos e do testemunho daquilo que a igreja têm vivenciado até o momento, os professores e outros envolvidos no departamento deixaram claro o sentimento em relação a Escola Sabatina: “Ela é o coração da nossa igreja. Ela é uma forma de eu estar mais próximo de Deus”, declarou Gabriel Simas, que atua como um dos anciãos e também professor de uma unidade de ação na igreja do Sarandi, em Porto Alegre. Já para o Carlos Coletti, professor do departamento no município de Muçum, a escola sabatina é fonte de "motivação, conhecimento e capacitação".

Aniversário - A Escola Sabatina está completando 120 anos de existência no Brasil. Em todo o país, existem cerca de 58.770 classes ativas nas igrejas. [Equipe ASN, Andréia Silva/ Fotos: Antônio Nogueira e Josean Muslera]