Pastor Mitchel Urbano optou por sentir na pele a realidade das estradas da região.

Santarém, PA... [ASN] A Capacitação de Líderes Missionários (CLM) reuniu cerca de três mil líderes de todo o Oeste do Pará. A iniciativa é um treinamento para diretores locais de todos os ministérios da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), assim como Beth Jennings. Ela é professora da classe de Adolescentes na Escola Sabatina da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Bairro Interventoria, em Santarém, no Pará, há cinco anos. Este é o segundo ano que assume como diretora local do Ministério do Adolescente.

Para Beth, lidar com este faixa etária é desafiador, porém prazeroso. “O pessoal diz que não é muito fácil trabalhar com adolescentes, mas eu gosto, é algo que me deixa muito feliz. Porque eu consigo aprender muito com eles e também consigo transmitir para eles algum aprendizado, principalmente sobre a Bíblia, sobre a volta de Jesus”, conta.

Apesar de estar há tanto tempo no cargo, Beth afirma que o trabalho não cai na rotina devido às novas atividades propostas para cada trimestre. Por isso, ela valoriza os treinamentos oferecidos pela igreja. “Temos que estar muito preparados, estudar a lição, pois, quando eles perguntam, realmente querem saber a resposta. Pra mim, isso é fascinante”, confessa.

O CLM também auxilia quem está chegando agora no cargo. Raira Lima, está assumindo, pela primeira vez, o Ministério Jovem da mesma igreja de Beth. Por não se sentir preparada, ao receber o convite para liderar, pensou em recusar. Porém, ao exercer as atividades propostas, percebeu que estava enganada. “Achei que seria um desafio muito grande, ainda mais esse ano em que acontecerá o AcampJA. Com o tempo, percebi que isso era uma coisa boa de se aceitar e fácil de se trabalhar, a partir do momento em que se divide funções dentro da Sociedade Jovem”, explica. Após participar da capacitação, Raira confirmou o que já pensava sobre liderança. “Esse treinamento me motivou ainda mais a motivar os jovens a ganharem almas para Cristo”, se alegra.

O treinamento aconteceu em Novo Progresso, Rurópolis, Itaituba, Altamira, Uruará e Santarém. Este é o segundo ano em que os pastores e colaboradores enfrentam as estradas não-pavimentadas da região para oferecer a capacitação na cidade dos líderes. O pastor Mitchel Urbano, conselheiro ministerial e evangelista para os estados do Pará, Amapá e Maranhão, optou por vir até Santarém de carro para vivenciar a realidade da região. “A Transamazônica realmente é um desafio. Eu vim nela agora. Tem horas em que você sai, mas não sabe se vai conseguir chegar ao lá. Tem os caminhões que ficam atolados e é um desafio”, relembra.

Passando por seis cidades, treinamentos reuniram um total de três mil participantes.

“O CLM é uma ação fantástica, porque aproxima as pessoas da capacitação. As pessoas não vão até a capacitação, a capacitação vai até elas. Isso é bom, pois facilita o acesso a informação e o resultado é gente mais treinada e habilitada para realizar a obra do Senhor”, diz o pastor Ivanildo Cavalcante, diretor de Ação Missionária para os estados do Pará, Amapá e Maranhão.

Rosimeire de Oliveira se sente grata pela iniciativa da MOPa em se deslocar até os municípios para oferecer a capacitação, pois sabe das dificuldades da viagem. “O treinamento ofertado nos faz sentir que somos capazes de fazer o melhor para Deus. Não deve ser fácil enfrentar esse percurso. Inverno, Transamazônica. É uma realidade bem árdua, bem difícil, mas o Senhor tem usado essas pessoas, pois estar à frente de um Ministério, se desenvolvendo no trabalho para o Senhor é algo que não tem preço”, diz Rosimeire que está à frente do Ministério da Criança há três anos em Uruará. Segundo ela, a capacitação também proporciona a vontade de inovar a cada ano.

O presidente da IASD no Oeste do Pará, pastor Ozeias Costa diz que vale a pena tanto fiéis quanto pastores doarem um pouco de seu tempo para participar do CLM. “Compreendemos que a nossa geografia é muito extensa. Em qualquer lugar, se marcássemos apenas uma reunião para toda a liderança vir, não teríamos a maioria dos líderes presente. Sendo assim, nos baseamos em um estudo de crescimento de igrejas que diz que a congregação deve estar plantada onde estão as pessoas, pois isso traz maiores chances de crescimento”, diz o pastor. [Equipe ASN, Pâmela Meireles]

Abaixo, veja a matéria sobre o CLM transmitida no programa Revista Novo Tempo: