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Líderes pedalam 140km e jovem luta contra câncer para chegar no Campori, em SP

Veja os destaques do Campori, que teve a maior edição dos últimos anos.


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Momento que grupo chegou ao XIX Campori

Momento que grupo chegou ao XIX Campori

São Paulo, SP [ASN] ... Enquanto vários ônibus chegavam a cada instante no local do XIX Campori de Desbravadores com dezenas de acampantes, na sexta-feira, 11, quatro líderes resolveram pedalar 140 Km para chegar ao evento. O trajeto – da capital de SP a Americana (SP)- durou cerca de 11h horas para ser percorrido. O grupo saiu às 5h da manhã e chegou na cidade de Americana no final da tarde, às 17h.

O ciclista Claudio Alves Pessoa, 39 anos, do Clube de Desbravadores Águias do Rei, foi quem convidou os colegas de “pedal”. Praticante da atividade há anos, chegou a percorrer mais de 3 mil quilômetros com a bike. “Eu pedalo desde a minha infância, inclusive a minha inspiração foi de um desbravador, que foi para um Campori em Ilha Solteira (SP), em 1992”, conta.

Grupo que percorreu 140km para chegar ao XIX Campori APL [Foto: Delfim Cunha]

Grupo que percorreu 140km para chegar ao XIX Campori APL [Foto: Delfim Cunha]

Para o pastor José Coelho, 57 anos, o convite que recebeu de Claudio foi desafiador. “Eu fiquei... será que vou ou não vou? E aceitei. A sensação da chegada é muito boa, porque eu achei que não iria dar conta”, comenta.

Segundo o líder Delfim Cunha, do Clube Soldados da Alvorada, a ação teve como objetivo motivar os jovens a nunca desistirem dos seus sonhos.

O grupo se apresentou na programação de abertura Campori de Desbravadores da Igreja Adventista nas regiões leste e norte da cidade de São Paulo.

 

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Recorde de público

A XIX edição do Campori de Desbravadores da Associação Paulista Leste (APL) teve 4.500 participantes. O evento ocorreu entre os dias 11 e 15 de novembro.  De acordo com o Líder de Desbravadores da APL, Paulo Fernandes, é o maior acampamento realizado nos últimos anos na região. O tema foi “Resgatando Nossa Geração”, que mostrou como personagens bíblicos mudaram a geração que estavam inseridos.

Leonardo Sapucaia coordenou a peça teatral que ocorreu nas programações noturnas e contou a história de pessoas influentes do Antigo e Novo Testamento como Josias, a rainha Ester e Jesus. “O pastor Paulo Fernandes pediu uma coisa que fosse bem acessível aos jovens, que eles conseguissem se conectar com a ideia, que era salvar a geração, uma mudança de rumo”, explica.

Para a elaboração da peça, os jovens foram consultados e puderam expressar suas ideias sobre a elaboração das apresentações.

“Nós queremos ser Josias e Ester modernos, e fazer o papel de Jesus também, de buscar o jovem e não deixar que ele vá para as drogas e para os vícios, enfim, para a caricatura que tem, hoje, dos jovens das grandes cidades”, relata Fernandes.

 

Ana Carolina antes do tratamento do câncer

Ana Carolina antes do tratamento do câncer

Sonho alcançado

Ana Carolina Fernandes, de apenas 15 anos, realizou seu sonho de participar do XIX Campori da APL. A jovem esperava ansiosamente pela liberação médica para estar entre os 120 clubes presentes. Carolina escreveu uma carta, a qual foi lida durante a programação pelo pr. Helbert Roger Almeida – um dos oradores do Campori - contando sua alegria e luta para estar naquele local.

Ana Caroline em entrevista para a TV Novo Tempo

Ana Caroline em entrevista para a TV Novo Tempo

Carolina combate um linfoma localizado entre os pulmões desde março deste ano.  Há menos de um mês – dia 23 de outubro foi a última vez que realizou a quimioterapia – a desbravadora estava em tratamento. Para o diretor do clube, Alex Messias, é uma vitória poder ver a adolescente no evento.

O clube mudou a rotina dos encontros semanais para poder apoiar Carolina. Eram realizados café da manhã, orações e encontros na casa da paciente. “Para ela se sentir mais querida do que era antes e ajudar no tratamento”, fala Messias.

Carolina lembra que o clube e ela oraram muito para que o sonho fosse realizado. Ela conta que chorou muito por não poder ir no último acampamento do clube “Meu sonho era estar nesse Campori. Estou achando muito legal, uma experiência para mim. Estou realizando tudo e aproveitando muito”, conta.

Alguns cuidados do clube foram tomados para que a acampante não adoecesse por causa da baixa imunidade. “Ela dorme em uma barraca sozinha e tem alimentos diferenciados”, relata o diretor.

 

Nas redes sociais  #CamporiAPL2016 

Confira a matéria que foi para a Novo Tempo - 18 de novembro

 

Cozinheiras voluntárias do do Clube de Desbravadores K2

Cozinheiras voluntárias do do Clube de Desbravadores K2

Amor na cozinha

Do número de participantes, aproximadamente 400 pessoas presentes colaboraram com o evento de forma diferenciada. Seguranças voluntários, equipe técnica, organizadores e cozinheiras dos clubes estavam no local para ajudar e fazer com que as crianças pudessem aproveitar o Campori.

Marina Milanelli e Derci Monteiro fazem parte da equipe de cozinheiras do Clube K2. A equipe passou manhãs, tardes e noites a elaborar as receitas para a alimentação dos desbravadores. “Um dia eu estava no lugar deles e tinha alguém cozinhando para mim, hoje eu posso cozinhar para eles e dar esse apoio. Mas para mim, se eles levarem um pouquinho de Jesus no coração, e isso marcar para sempre, e eu encontrar ele no céu, é o que importa”, se emociona Milanelli.

De acordo com o líder de desbravadores da região, os maiores eventos anuais são planejados para que os diretores e colaboradores possam participar sem serem prejudicados no emprego.

Encenação no dia 11 de novembro, abertura do XIX da APL

Encenação no dia 11 de novembro, abertura do XIX da APL

Organização

O planejamento da data para o evento iniciou em agosto de 2015, quando a APL recebeu o calendário de eventos oficiais da Igreja. “Daí, se escolhe um feriado, geralmente é mais para o final de ano, porque para os diretores dá muito trabalho. Nós damos mais de tempo, porque eles tem que arrecadar dinheiro para pagar ônibus e inscrições”, explica.

Em fevereiro de 2016, começa a escolha da logo e do tema e depois, o local do evento. Este ano, quem desenhou a logo foi uma distrital da 8º Região, Raquel Nascimento de Oliveira, da IASD de Vila Nova Cachoeirinha.

A elaboração das provas é idealizada juntamente com os líderes regionais. Elas são determinadas com base no desenvolvimento espiritual, físico e intelectual.

Próximo do término do evento, Fernandes conta que ao cogitar a ideia de sair da organização do evento, aparecem pontos gratificantes que o fazem mudar de pensamento.  “Quando a gente vê as crianças de um clube simples, um clube humilde, ganhar um torneio super disputado de ordem unida e mais importante, os batismos, 30 dias depois a gente já está pensando no próximo, porque está no coração da gente”, comenta.  [Equipe ASN, Michelle Martins]

 

Confira os clubes que estão nas categorias destaques: