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Encontro reúne e premia voluntários da tesouraria da Igreja Adventista no MS

Um dos destaques do evento, o tesoureiro João Antonio Domingues, de Batayporã (MS), tem mais de quatro décadas dedicadas à tesouraria de sua igreja e aos 80 anos deseja continuar o trabalho


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Campo Grande, MS ... [ASN] Para a maioria das pessoas não ter acesso à internet em 2017 pode parecer loucura e até mesmo certo tipo de atraso à vida que levamos. Mas, no assentamento Floresta Branca, localizado no município de Mundo Novo - a 467 quilômetros da capital -, onde a tecnologia ainda parece tímida, Célia da Silva é uma verdadeira apaixonada pela maneira tradicional com que desenvolve seu trabalho voluntário na tesouraria da igreja há 15 anos. “Aqui não tem internet ainda e eu não acho difícil e nem uso calculadora, faço tudo à mão, tanto as porcentagens quanto o preenchimento dos cadernos de recibo. Gosto de fazer dessa forma e sei que o trabalho não chega errado na sede administrativa, pois faço com muito amor”, diz.

O tesoureiro José Moacir, do assentamento Capão Bonito, região centro-sul do estado, recebe premiação da liderança administrativa.

A dona de casa conta que há quase duas décadas conheceu a mensagem adventista e, desde então, apaixonou-se pelo trabalho da tesouraria que a igreja desenvolve. “Me batizei aos 17 anos e estou aqui no assentamento há 19 e há mais de uma década me dedico à tesouraria. Houve um tempo em que para eu levar o dinheiro até o banco na cidade eu precisava caminhar quase 20 quilômetros a pé. Às vezes conseguia uma carona até o asfalto e do asfalto até à cidade eu caminhava. Mas isso não é nada. É pouco perto de tudo o que Cristo fez por mim”, acredita.

Assim como Célia que tem boa parte de sua vida dedicada ao trabalho voluntário no segmento financeiro da igreja adventista em sua comunidade, outros 250 tesoureiros do Mato Grosso do Sul estiveram reunidos no último final de semana em Campo Grande para o encontro anual de tesoureiros, com foco em conhecer histórias inspiradoras da área, premiação dos destaques do ano e capacitação. “Esse evento foi planejado há mais de um ano e o promovemos para ser o final de um processo que foi iniciado em 2016. Os tesoureiros estão sendo avaliados desde o último ano pelo seu desempenho no serviço”, explica Anilson Soares, tesoureiro da Igreja Adventista para todo o território sul-mato-grossense.

250 tesoureiros de todo o Mato Grosso do Sul estiveram reunidos no último final de semana em Campo Grande.

Ainda de acordo com o líder, a escolha do tema “O ouro de Deus em minhas mãos” tem um objetivo específico. “Buscamos um tema que pudesse fazer as pessoas entenderem que o recurso que elas têm em mãos é de Deus e que tudo isso tem a ver com a pregação do evangelho. Ouvimos aqui testemunhos que nos emocionaram, de pessoas que vivem em assentamentos, áreas rurais, com idade mais avançada e que fazem parte de uma geração diferente. Mas vimos também que o trabalho deles é extremamente importante para o crescimento da igreja e que o trabalho com papel e caneta tem tanto valor quanto o que é feito digitalmente”, pontua.

Para o participante João Antonio Domingues, contador aposentado e tesoureiro voluntário na igreja adventista de Batayporã há 46 anos a expectativa é contribuir por quantos anos ainda lhe restarem. “Eu tenho 80 anos e dediquei mais da metade da minha vida à tesouraria e procuro caprichar para ser leal a Deus, pois sei que foi Ele que me chamou pra esse trabalho. Nasci em um tempo diferente de hoje e fiquei pra trás na tecnologia, mas naquilo que aprendi eu continuei firme. Ainda desejo ser útil à causa de Deus e espero que Ele me dê uns dias de vida pra que eu continue ajudando com meu trabalho”, emociona-se.

"meu desejo é continuar trabalhando enquanto Deus me der vida", é o desejo do aposentado João Domingues, aos 80 anos de idade e tesoureiro voluntário há mais de 40 anos no MS.

Perto de João, a professora Nilce Campelo é relativamente nova em sua função como tesoureira da igreja adventista do bairro Jardim Imá, em Campo Grande. Mas o tempo é suficiente para despertar nela o amor por esse segmento tão importante. “Estou na tesouraria há três anos e sou apaixonada pela área. Esse final de semana foi fundamental para que eu pudesse absorver novas ideias para transmitir à minha igreja, inclusive, para aprender mais sobre a função dos dízimos e das ofertas. Acredito que Capacitações e encontros como esse são muito importantes pra gente aprender mais sobre o nosso próprio trabalho”, analisa.

Durante a programação um colaborador por região recebeu o troféu “Tesoureiro nota 10” e outros três voluntários receberam premiação como destaque em todo o Estado. “São homens e mulheres que fazem o trabalho de Deus e são pessoas que merecem ser destacadas pelo seu desempenho. Nosso objetivo é fazer com que nossos tesoureiros entendam a missão que têm aqui na terra e o quão sagrado é o trabalho deles, que vai muito além de contabilizar recursos e notas. Nossa missão é garantir que esses recursos com que Deus nos abençoou sejam bem administrados para a pregação do evangelho, para que assim, mais e mais pessoas conheçam a Jesus”, conclui Anilson. [Equipe ASN, Rebeca Silvestrin / Fotos: Cleiton Prado]