Abertura do Campori foi marcada por momentos de emoção e reflexão espiritual.

Saquarema, RJ… [ASN] Cumprir todos os requisitos para estar presente em um Campori é uma tarefa que exige esforço e determinação. São vários treinamentos de ordem unida e provas de habilidades específicas que capacitam os Desbravadores para participarem do evento. Foi exatamente o que aconteceu com os mais de mil adolescentes da capital fluminense e da Região Serrana que participaram Campori “Geração Valente” entre os dias 12 e 14 de outubro. O encontro, realizado em Saquarema, na Região dos Lagos, foi um festival de emoções e alegria comparáveis à realização de um sonho, tanto dos líderes quanto dos próprios Desbravadores.

Os participantes vieram dos mais diversos lugares e deixaram uma clima de companheirismo durante todo o Campori. Clubes de Petrópolis, Teresópolis e Magé se tornaram vizinhos de Desbravadores da Rocinha, do Méier e de Duque de Caxias, por exemplo. “Há pelo menos uns cinco meses nós estávamos nos preparando para esse Campori. Tudo está sendo uma novidade pois ainda somos um clube novo. Estamos na expectativa de aprender ainda mais nesse acampamento”, resume Gabriela Marques, diretora do clube Comunitá-Rocinha, formado por adolescentes e juvenis da comunidade.  Na sexta-feira os clubes também participaram de provas que avaliaram a qualidade da ordem unida, organização dos acampamentos e a disciplina dos participantes. Já o sábado foi marcado por momentos de reflexão espiritual e cerimônias batismais. Uma representação do principal objetivo do clube de Desbravadores.

Mas para poder ver o machado fincado no tronco, símbolo consagrado de todas as aberturas oficiais de Camporis, diversos clubes enfrentaram dificuldades para arcar com os custos que envolvem desde a participação até o translado deles para o acampamento. Por isso diversas igrejas decidiram abraçar a causa e apoiar financeiramente seus Desbravadores. Foi o caso da Igreja Adventista do bairro Usina, que fica na Zona Norte do Rio. Lá o clube de Desbravadores existe há pouco tempo e, portanto, nunca haviam participado de um Campori. “Somos um clube novo e o maior problema para estar no Campori foi a falta de recursos. Mas nós estamos hoje aqui graças a ajuda dos membros da nossa igreja. Eles têm nos ajudado e, pra mim, foi muito importante ver esse apoio deles. Deus colocou pessoas na nossa vida para ajudar a trazer todo nosso clube”, compartilha Caroline Mendes Costa, diretora do clube da IASD Usina.

Tal apoio também foi realidade para o clube da IASD Central de Magé. O clube, que já participou de outros dois Camporis, contou com o apoio dos fiéis para estarem presentes no acampamento de Saquarema. “A primeira dificuldade é a financeira. Mas Deus nos abençoou com o apoio da igreja e hoje estamos tendo novamente a oportunidade de estar em mais um Campori”, afirma Jessé Gonçalves da Silva, diretor do clube. Segundo o próprio diretor, todo trabalho e esforço usado para levar os adolescentes ao evento foi válido devido ao ganho espiritual que eles estão tendo a oportunidade de receber. “Pra mim é um sentimento de gratidão à Deus. A cada dia que passa a gente percebe que é necessário que essas crianças estejam com esse uniforme, ouvindo essas mensagens e estando mais próximos de Deus”, adverte o diretor. [Equipe ASN, Douglas Pessoa]