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Missão

Concílio reúne liderança ministerial para trabalhar ênfases do ano

A programação buscou capacitar os pastores para atuarem em suas igrejas sem negociar princípios, mas tornar a igreja atrativa para que as novas gerações sintam que podem e devem fazer parte, inclusive, trazendo novas ideias para o trabalho missionár...


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Campo Grande, MS ... [ASN] Imagine a seguinte situação: em um dia qualquer você resolve puxar assunto com seu vizinho de porta, se apresenta e, pouco a pouco, trocam informações sobre estilo de vida e hábitos em comum. Algum tempo depois, convida-o para um lanche em sua casa, apresenta sua família e se dispõe a orar por ele e por suas necessidades. Em outro dia, leva seu vizinho à igreja em um sábado pela manhã, o apresenta às pessoas que frequentam o local e quando se dá conta ele já está inserido dentro daquele contexto, faz parte da sua vida e é o seu mais novo amigo. Além disso, você o inseriu dentro de um grupo que, assim como você, também se importa com as pessoas. Imagine então que esse novo amigo faça o mesmo por outro cidadão. A cena é hipotética, mas essa é a visão de igreja que a liderança adventista no Mato Grosso do Sul tem sido ensinada a passar adiante, é o que conta o líder de pastores adventistas para o campo, pastor Antônio Mário. “Nós, pastores adventistas, nos preocupamos essencialmente em viver e pregar o evangelho eterno e, com isso, entendemos que nossa missão é a de restauração. É facilitar o acesso de Deus ao coração das pessoas, ao levarmos nossa igreja e os novos amigos a uma experiência de vida mais íntima com Deus, os ajudando a guiar outras pessoas nesse mesmo caminho. Caminho esse que começa naturalmente com o pastor da igreja, por isso temos enfatizado a missão e a visão da igreja durante esses dias de concílio”, explica o líder.

O Concílio Ministerial da Associação Sul-Mato-Grossense reuniu os 54 pastores adventistas que atuam em todo o território sul-mato-grossense entre os dias 28 e 31 de janeiro na capital, Campo Grande, período em que novas propostas para o trabalho missionário puderam ser compartilhadas com a liderança. “Estou há sete anos no campo e o concílio trouxe, a cada dia, uma proposta para o nosso trabalho, uma nova área de missão e foi muito motivador e inspirador. Além disso, pudemos conhecer os novos pastores que irão dividir a liderança conosco. Volto para o distrito muito feliz e com várias ideias para o trabalho em 2018”, comenta Lucas Rossignolo, líder do distrito de Aquidauana, interior do estado.

Para o presidente da igreja no campo, pastor Fernando Rios, o fator que fará a diferença para a igreja é o sentimento genuíno que move o coração de cada líder pelas pessoas, sendo elas membros da igreja ou não. “Precisamos nos importar verdadeiramente com as pessoas, criando um relacionamento real com a igreja e os membros de nossa comunidade”, enfatizou o líder na ocasião.

Ainda durante o programa, o responsável pelo evento, pastor Antônio Mário, ressaltou as ênfases do trabalho missionário para o ano e destacou que esse momento de reunião da liderança traz novo fôlego e os prepara para um ano de desafios. “Buscamos que cada pastor, enquanto cristão, consiga viver cada dia melhor sua vida de comunhão com Deus, pois à medida que somos transformados Ele nos usa como instrumentos de transformação. Queremos que eles sintam alegria ao viver essa comunhão diária em seu contexto familiar, para que se sintam felizes em dividir essa experiência com sua igreja, pois sabemos que qualquer exemplo e mudança começa pelo pastor. Dessa forma, a igreja cumprirá seu papel de restauração em sua comunidade”, acredita.

Além das ênfases da comunhão diária, do fortalecimento da vida em comunidade através dos pequenos grupos e da missão, as novas gerações se mostraram um ponto chave do trabalho missionário para 2018, como explica o líder a seguir. “Esse ano nós queremos que nossos pastores continuem focados em trabalhar por uma igreja mais espiritual, onde os membros mantenham mais comunhão com Deus através do estudo da Bíblia e da oração e o instrumento para esse objetivo ser alcançado é a lição da Escola Sabatina. Além disso, buscamos crescer na capacidade de relacionamento entre os membros da comunidade e da igreja, utilizando nossa estrutura de Pequenos Grupos para fortalecer a experiência do companheirismo cristão. A igreja foi chamada pra servir e nossa preocupação reside nesse contexto. Não queremos apenas fazer membros de igreja, mas queremos que cada membro da igreja, começando pelo pastor, se preocupe em conquistar uma pessoa para sua vida, preparando alguém pelo relacionamento e, posteriormente, levar à doutrina, a Cristo, a um Pequeno Grupo e inserir esse amigo em nosso contexto real de vida. Não dá para evangelizar se isolando da comunidade e por fim, temos um cuidado especial com a nova geração. Percebemos que nossas crianças e jovens estão sendo absorvidos pela cultura atual do mundo e abandonando sua fé. Então, sonhamos com que cada criança, cada jovem se sinta relevante e valorizado dentro de sua igreja e que ele participe de todo o processo, não somente como adorador, mas na liderança, na linha de frente, para que dessa forma eles se tornem cristãos felizes e realizados. Queremos que nossas igrejas no Mato Grosso do Sul incentivem nossos jovens a se tornarem os líderes que eles sonham em ser. E, para isso, buscamos capacitar os pastores em suas igrejas, sem negociar princípios, mas tornando a igreja atrativa para que as novas gerações sintam que podem e devem fazer parte, inclusive, trazendo novas ideias para o trabalho missionário”, conclui o líder.

E para dar continuidade à ênfase das novas gerações, no próximo dia 23 de fevereiro tem início o Concílio Revolucione, que pelo segundo ano consecutivo reunirá anciãos de igreja e a liderança jovem, para juntos fortalecer a visão de unir a experiência dos mais velhos à disposição e criatividade dos mais jovens em prol de um único objetivo: fazer a diferença na vida das pessoas como igreja que serve e apresenta o amor de Cristo em todo o Mato Grosso do Sul. [Equipe ASN, Rebeca Silvestrin / Fotos: Cleiton Prado]