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Estudantes adventistas criam projetos evangelísticos em universidades brasileiras

Estudantes adventistas criam projetos evangelísticos em universidades brasileiras

Proposta também visa fortalecer espiritualidade de acadêmicos nesses locais.


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Universitários têm buscado meios para falar de sua fé no ambiente acadêmico

Engenheiro Coelho, SP... [ASN] No ambiente universitário, os estudantes adventistas que frequentam instituições de ensino superior que não são ligadas à Rede Educacional Adventista enfrentam alguns desafios para conciliar a fé com o ambiente acadêmico. Entre eles estão as aulas aos sábados e a convivência com professores ateus que tentam desmoralizar a religião, mas, principalmente, a dificuldade de conseguir manter uma profunda comunhão com Deus em meio à quantidade de responsabilidades que lhes são atribuídas.

Para ajudar a fortalecer a vida espiritual desses estudantes foi criada, em outubro de 2012, a Sociedade Adventista de Universitários (SAU), uma rede que visa reunir alunos adventistas de diferentes lugares e instituições. De acordo com o coordenador da SAU, Rafael Luccas, eles “se preocupam com o dia a dia dos jovens na tentativa de unir, fortalecer e incentivá-los [a realizar] a missão dentro do seu contexto acadêmico”.

A missão a que ele se refere é a evangelização. Uma das propostas é estimular cada estudante adventista a conversar com alguém sobre sua religião sempre que possível e, assim, outras pessoas terão a oportunidade de conhecer a Deus. É o caso de Enzo Canedo, doutorando em Química na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que conheceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia através de Ana Carolina Santos, também doutoranda em Química na UFSCar, e posteriormente foi batizado. Canedo conta que optou pelo batismo depois de Ana o pedir para ler o livro O Grande Conflito, da escritora Ellen G. White.

Desafios

Ana reconhece que é um trabalho difícil. “Universidades seculares representam verdadeiros campos de represália à religião. Aqui, as pessoas mal acreditam em Deus, quem dirá na Bíblia”, relata ao destacar que na área da Química a maioria das pessoas é ateia.

Já no campo da Física existem ateus convictos e militantes, mas são minoria, como sublinha Willian Natori, doutorando em Física Teórica na Universidade de São Paulo (USP). “A maioria se declara agnóstica, embora viva como se Deus não existisse”, reforça. Natori explica que alguns universitários se interessam por questões relacionadas a Deus quando são enunciadas de uma forma atrativa. “A questão maior é verificar quais tópicos elas gostariam de conversar e como fazer para ser compreendido.”

Diante disso, a SAU reúne os Grupos de Estudos Adventistas (GEA), os quais se definem como reuniões de Pequenos Grupos, normalmente realizados entre pessoas da mesma universidade, com objetivos de se conhecer e desenvolver ações de evangelismo. Por outro lado, a SAU também realiza anualmente o Congresso de Adventistas em Universidades Seculares (CAUS). A proposta desse encontro é oferecer palestras, recreação e diálogos com foco no crescimento mútuo entre jovens de diferentes lugares.

Vida acadêmica

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Desde 2012, a SAU tem realizado encontro anuais para a troca de experiências e fortalecimento espiritual

Em uma pesquisa realizada neste ano pela SAU, de 231 universitários adventistas cadastrados, 76,8% cursam graduação, enquanto 16,1% fazem mestrado ou especialização médica e 7,1% fazem doutorado ou pós-doutorado. A maioria desses alunos sai de suas cidades para estudar em um lugar até então desconhecido. Rafael Luccas, além de coordenador da SAU, também é estudante de Engenharia Mecânica na UFSCar. Ele e outros veteranos entendem como é difícil não ter alguém para os receber e orientar.

Assim, uma das maiores preocupações da SAU é com os calouros. Todos os anos os veteranos buscam saber quem é recém-chegado e se prontificam a ajudar no que for preciso. “Indicamos lugares para morar, buscamos integrá-los à SAU local e, por consequência, à igreja local”, esclarece Luccas.

Contudo, mesmo com todo o suporte, cada estudante vive realidades e experiências religiosas diferentes. Para Willian Natori, por exemplo, “fazer ciência exige crer na existência de realidades fora de si mesmo”. Crer em Deus como criador, argumenta, permite colocar o trabalho científico não como prioridade, mas como manifestação de uma vocação concedida por Deus.

Para tirar dúvidas, conhecer as cidades em que está disponível e saber como participar, clique aqui e visite a página oficial da SAU. [Equipe ASN, Dayane Fagundes]