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Professora usa internet para compartilhar ideias criativas

Érica Cruz sempre foi apaixonada por ludicidade e agora quer dividir conhecimento com pais e outros docentes


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Por Gerllany Amorim

A professora Erica Cruz (centro) também ministra cursos sobre ludicidade (Foto: reprodução/Facebook)

Uma professora da Escola Adventista Centro Nipônico, em Belém, no Pará, teve uma ideia que está conquistando pessoas de vários países. Por meio da internet, Érica Cruz, de 31 anos, começou a produzir conteúdo em formato de oficinas educacionais, onde cria alternativas de ensino de uma forma bem diferente e divertida. Com vídeos e fotos que ela mesma produz usando a câmera do celular, ela posta em uma rede social, o Facebook, os tutoriais descritos ou narrados de projetos educacionais a fim de incentivar pais e professores a reproduzirem as ideias para ensinar crianças de todas as idades.

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As atividades incluem lições de gramática, raciocínio, matemática, coordenação motora e uma infinidade de possibilidades, sempre utilizando materiais recicláveis e bem fáceis de ter em casa. Em apenas 2 dias, a página Érica Cruz - Oficinas educacionaisonde o conteúdo é postado, já passava dos 5 mil seguidores. E o número de simpatizantes do trabalho da docente só cresce, e já ultrapassa os 11 mil.

Erica posta o máximo de detalhes possíveis de suas ideias para que outras pessoas também possam reproduzir (Foto: reprodução/Facebook)

"Estou há 13 anos trabalhando com educação e sempre fui apaixonada pela ludicidade. O complemento do meu método de ensino em sala sempre foi esse. Como eu gosto muito de pesquisar na internet, me atualizar sobre o que os professores estão usando aí fora [outras cidades e Estados], decidi que poderia compartilhar minhas ideias com quem também se interessava por isso", explica.

Uma das atividades mais acessadas logo no início da prática de postar na internet foi um jogo educativo que a professora fez com o brinquedo giratório de mão conhecido como spinner. As crianças ganhavam o brinquedo de seus pais e queriam muito levar para sala de aula. Ao invés de proibir seu uso, Érica decidiu criar uma alternativa para incluir o objeto no aprendizado. Foi quando pensou num jogo matemático.

Ao alcance de mais professores

Em poucas horas, um dos vídeos já alcançava mais de 6 mil reações de internautas (Foto: reprodução/Facebook)

"Funcionava assim: o spinner girava num circulo de números, e onde parasse, duas crianças teriam de colocar num recipiente o número de blocos equivalente ao que havia no local selecionado pelo brinquedo. Foi o maior sucesso com os alunos", compartilha. Ela conta que o vídeo com esta atividade foi um dos primeiros que ela publicou na internet, e quando foi conferir, se assustou com a repercussão, pois o mesmo já chegava a 6 mil reações dos internautas somente em algumas horas (para assistir, clique aqui). Hoje, esse mesmo vídeo já ultrapassa 26 mil compartilhamentos, centenas de comentários e curtidas no Facebook. Por conta dele, a professora foi procurada por diversos sites que queriam permissão para reproduzi-lo.

Érica ressalta que sempre toma cuidado para mostrar mais a atividade do que o rosto dos alunos no material que produz. Foi por isso que ela também começou a fazer vídeos e fotos fora da sala de aula. Nesse momento, quem participa de tudo é o filho dela, que aparece em vários de seus materiais.

"Continuo usando todas essas ideias com meus alunos e incentivo os pais a praticarem em casa também. Isso tem sido muito positivo no aprendizado deles. O meu objetivo é compartilhar as ideias e ajudar outras pessoas a se beneficiar disso para o bem dos nossos filhos", sublinha.

A professora conta que já tinha visto materiais assim na internet, mas os conteúdos eram sempre pagos. Ela, no entanto, pretende oferecer tudo gratuitamente. E seus planos para novas produções não param. "O próximo passo é fazer tutoriais mais detalhados num canal que vou abrir no YouTube. É um prazer para mim compartilhar tudo isso com as pessoas", assegura.