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Homem retorna à Igreja pela força da amizade e da oração

Amigos oraram e nunca deixaram de convidar Vilson a voltar


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Vilson com a esposa Regiane e os filhos Felipe e Fabio no dia do batismo da família

Maringá, PR ... [ASN] Os amigos e a oração intercessora fizeram toda a diferença na vida de Vilson Jerônimo Rosa. Foi com a amizade de um amigo do sogro, o missionário Valdir Mandarino, que ele começou a estudar a Bíblia e se tornou um adventista do sétimo dia com a noiva, atual esposa, em 1991. Até então ele não havia sido religioso de denominação alguma. Porém, a nova vida caiu na rotina após dez anos.

“Começamos a negligenciar o estudo da Palavra e da Lição da Escola Sabatina. A igreja passou a não ter tanta importância mais na vida da gente e começamos a faltar aos cultos“, lembra Vilson.

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O afastamento total da fé ocorreu em 2009, quando ele voltou a ingerir bebidas alcoólicas e a frequentar bailes, como fazia antes de ser um cristão. “O mundo tomou conta. Muitos amigos da igreja me perguntavam o que tinha acontecido, se havia mágoas. Mas não, era só falta de vontade. Não conseguia mais ficar dentro da igreja”, relata.

Nesse período, Vilson se separou da esposa, Regiane Aparecida Pereira Rosa, com quem tem dois filhos: Filipe Pereira Rosa, hoje com 23 anos, e Fabio Pereira Rosa, 14 anos.

“Encontrava os amigos da igreja e eles diziam que estavam orando por mim e que estavam com saudade. Eu ia às vezes na igreja só para falar com os amigos na saída, nem entrava. Aos poucos eu comecei a sentir o efeito das orações. Eu estava em algum lugar bebendo e ficava meio ‘fora do ar’. Eu pensava na igreja e em quando eu cantava. Era o Espírito Santo tocando minha mente. Comecei a pensar nisso e voltei a frequentar a igreja aos poucos”, revela.

Vilson perdeu o emprego nessa época e começou a trabalhar como pintor residencial com Nilson Rodrigues da Silva, “um irmão, que é de fé, mas é como se fosse de sangue”, diz ele. Foi assim que ele voltou a ter contato com vários adventistas. Todos diziam que oravam por ele. “O Espírito Santo tocava o meu coração. Eu já não conseguia ir para os bailes”, conta.

Nilson e a esposa arrumaram um reencontro de Vilson com Regiane. O casou conversou e resolveu se reconciliar. “Não tinha plano ainda de toda a família voltar, mas tinha na cabeça a ideia de eu voltar para a igreja. Ia um sábado sim, outro não e depois com mais frequência”, detalha Vilson, que informou à esposa a vontade de ser rebatizado.

Um sábado marcante

O dia decisivo para o retorno de Vilson foi um sábado em que ele foi à igreja do Jardim Alvorada, em Maringá, onde era e é membro. Ele encontrou o amigo Antônio Paulino, que ia pregar no templo adventista de Anglo, cidade próxima, e o convidou pra ir junto. No sermão, Paulino informou que um grande amigo estava presente, apresentou Vilson e reforçou que estava orando pela sua volta. Os dois se emocionaram. “Pessoas que eu nem conhecia me abraçaram na saída e disseram para eu voltar. Quando entrei no carro, disse a ele que fazia muitos anos que não passava um sábado tão bom”, recorda.

Vilson havia feito planos de comprar cerveja naquele mesmo sábado. No entanto, ao voltar para casa, não lembrou disso, apenas no fim da tarde. “Fui ao supermercado e não conseguia pegar a bebida. Olhava e não tinha mais vontade de beber. E não comprei”, afirma. Desde então, ele não conseguiu mais beber e parou de vez.

A decisão de retornar à fé foi tomada no próximo dia que foi à igreja. Vilson encontrou José Ely Trigueiro da Silva, estudante de Teologia que já o havia visitado, e destacou que queria ser rebatizado.

A cerimônia foi realizada uma semana depois, no dia 30 de abril de 2016. “Após o batismo, o pastor disse que os amigos poderiam subir para me cumprimentar e a nave da igreja ficou praticamente vazia. Quase todas as pessoas subiram para me cumprimentar. Eu achei incrível porque vi que só tinha amigos ali. Eu vi o poder de Deus na minha vida, o poder da oração dos amigos que oraram sem cessar”, se alegra Vilson.

Vilson cumprimenta a esposa e os filhos no batismo deles

O retorno da família

“Após o batismo, eu comecei a orar pela minha esposa e pelos meus filhos. Eu não queria forçar, queria que voltassem por vontade própria. Convidavam a minha esposa para ir à igreja, mas ela tinha vergonha de ir. Acho que é um sentimento que tem todo mundo que sai da igreja. Num sábado eu fui à igreja e ela foi trabalhar. Mas o trabalho não deu certo. Parece que o Espírito Santos falou pra eu ir buscá-la. Eu liguei para ela e disse para se arrumar que eu iria buscar. Assistimos ao culto e depois disso ela começou a ir comigo à igreja aos domingos e quartas-feiras”, conta.

Em uma semana de oração realizada pelo pastor Adilson Silva, evangelista na região norte do Paraná, Vilson colocou um pedido na caixa de oração por um milagre acontecer naquela semana. “Eu pedi que a minha esposa e os meus filhos se decidissem pelo batismo naquela semana. A minha esposa decidiu pelo batismo no quarto dia. E para a minha surpresa, os meus filhos logo em seguida. Os três foram batizados juntos”, comemora.

“Agora eu sei realmente o caminho que eu devo seguir. Agradeço a oração dos irmãos, principalmente a amizade. Deus aos poucos me transformou e me trouxe de volta”, reconhece Vilson, que voltou a cantar com a família no coral da igreja. [Equipe ASN, Gustavo Cidral]