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Clube de Desbravadores transforma futuro de adolescentes no Maranhão

Jovens desbravadores encontraram uma nova perspectiva de vida ao conhecerem projeto da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Arranjaram até profissão


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Ordem unida foi o primeiro fator a chamar a atenção dos irmãos maranhenses Foto: Arquivo Pessoal

Açailândia, MA ... [ASN] Em um contexto de abandono parental, Gleidson e Gleilton Ribeiro, irmãos que vivem em Açailândia, no sul do Maranhão, passaram por muitos desafios desde quando eram bem pequenos. Criados pela avó que, junto deles, cuidou de mais doze pessoas, entre filhos e netos, tiveram os conflitos familiares como uma constante nos dias da primeira infância.

Quando começaram a entrar na adolescência, aos 12 e 14 anos, respectivamente, conheceram Célio, um membro do Clube de Desbravadores Exército de Cristo. O primeiro item a chamar atenção no convite foi a ordem unida e o uniforme que os membros usavam nos desfiles cívicos. A prática de marcha comum às tropas militar fez os olhos dos meninos brilharem. A semelhança com o exército animou os dois jovens que precisavam de momentos de distração e longe das brigas. Na América do Sul, são 10.924 clubes de desbravadores atualmente, como esse do Maranhão, que atendem a 293.213 desbravadores.

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Gleidson e Gleilton conheceram o Clube de Desbravadores ainda na adolescência, em Açailândia, MA Foto: Arquivo Pessoal

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Antes mesmo de começarem a frequentar as reuniões, Célio já ensinou algumas lições e os meninos se empolgaram. Aumentaram ainda mais a expectativa por participar desse grupo tão diferente e, em princípio, “ridículo”, como menciona Gleilton. Aos poucos, eles perceberam a forma como as reuniões do Clube de Desbravadores aconteciam e foram desafiados a se tornarem líderes. Seguindo a hierarquia, foram capitães de unidade, conselheiros e diretores.

Para participar das reuniões, foi preciso, de certa forma, até burlar as regras da família. Como sua família era de outra denominação religiosa, saíam um pouco mais cedo daquelas reuniões para que conseguissem chegar a tempo na Igreja Adventista do Sétimo Dia. “O momento em que o clube entrou em nossas vidas foi o diferencial, se tornou o abrigo para nós”, destaca Gleidson. Dois anos depois da primeira reunião, Gleilton, o irmão mais velho, se decidiu pelo batismo. A cerimônia aconteceu no Campori da União Norte Brasileira, em 2003. No ano seguinte, Gleidson, o caçula, tomou a mesma decisão.

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Gleidson se tornou diretor do clube de sua cidade Foto: Arquivo Pessoal

Durante todo o processo, tiveram um desempenho de excelência, receberam medalhas e cumpriram as especialidades. Uma, em específico, acabou se tornando a profissão de Gleilton, o irmão mais velho. “Fiz a especialidade de informática e me apaixonei pela área que depois virou minha profissão”, explica Gleilton. Formou-se e exerceu por algum tempo. Nos horários alternativos, atuou em todas as áreas de liderança do Clube de Desbravadores. Mas a rotina na empresa em que trabalhava limitava o tempo que poderia dedicar ao trabalho de Deus. Um pastor foi quem abriu os olhos do rapaz para o chamado de Deus.

Mas aceitar não foi tarefa fácil. Ele pediu várias confirmações sobre a aceitação do chamado para ser um pastor. Entre orações e apelos, lembrou-se da frase dita pelo pastor: “Ele disse que Deus tinha me escolhido para outro tipo de trabalho e, com o tempo, eu iria descobrir. “

Hoje, por influência de amigos que o apresentaram ao evangelho, segue o rumo que foi chamado para atuar. Gleilton é estudante de teologia no Instituto Adventista Paranaense e se forma no fim deste ano. No processo de mudança, teve apenas quinze dias para vender tudo que tinha e mudar-se de São Paulo, onde morava com a esposa, para o Paraná, sem nenhuma garantia de moradia ou trabalho. “Hoje eu sou líder de Jovens, Desbravadores e Aventureiros da Missão Iapenses (Missãoescola que acontece nos seminários de Teologia). [Equipe ASN, Anne Seixas]