Notícias Adventistas

Datas Especiais

Aposentada vence câncer de mama e reaprende a viver

Em 2004, Sarita Diemer descobriu a doença fazendo uma mamografia de rotina. A notícia mudou sua vida completamente.


  • Compartilhar:
A professora aposentada Sarita Diemer superou um câncer na mama em 2004. Hoje, ela leva uma vida muito mais equilibrada.

A professora aposentada Sarita Diemer superou um câncer na mama em 2004. Hoje, ela leva uma vida muito mais equilibrada.

Artur Nogueira, SP... [ASN] A professora aposentada, Sarita Diemer, mora em Montenegro-RS com seu esposo. Ao lado de sua casa, cultiva um jardim botânico particular. Lá, ela se diverte e nem vê o tempo passar. Mas nem sempre foi assim. Sarita começou a gostar da natureza por ficar tanto tempo num hospital se recuperando de um câncer na mama. Ela olhava pela janela as flores enquanto estava impossibilitada de levantar da maca. Em alguns momentos, buscava refúgio entre as plantas durante o tratamento hospitalar. Em 2004, ela descobriu a doença fazendo uma mamografia de rotina. A notícia mudou sua vida completamente. Acompanhe a entrevista que a Agência Sul-americana de notícias fez a aposentada:

Leia também: 

Agência Sul-americana: Como e quando você descobriu a doença?

Sarita Diemer: A cada dois anos, eu fazia a mamografia de rotina. Em 2004, fui repetir o exame sozinha em Porto Alegre-RS, sem suspeitar de nada. Fiz o exame e aguardei na maca o resultado. Minutos depois, o médico que me atendia há alguns anos, deu-me a notícia de que eu tinha um tumor na mama sem ao menos me preparar. Imagina, eu tinha 54 nos, era recém-aposentada e estava esperando essa época justamente para aproveitar minha vida e descansar com meu esposo. Mas naquele momento levei um choque. Essa não é uma notícia fácil para ninguém.

ASN: O que aconteceu após a descoberta do câncer?

SD: Assim que recebi a notícia contei para minha família. Meu marido perdeu o chão. Sofreu comigo, mas também me ajudou. Com o apoio dos amigos e da família, procurei ajuda. Eu precisava voltar ao hospital para fazer uma ecografia de confirmação, mas fiquei chateada com o médico que me atendeu. Esperava um tratamento diferente, porque isso é necessário num momento como o que passei. O câncer é um trauma que exige muita atenção psicológica. No entanto, no dia seguinte uma amiga, que considero um anjo, ligou-me e compartilhei minha história. Ela me indicou outro especialista e, então, iniciei o tratamento.

ASN: Como você foi curada? Houve algum diferencial no tratamento?

SD: Durante o tratamento, descobri que meu tumor já tinha 1 centímetro, ou seja, estava muito grande. O novo médico me atendeu muito bem. Mostrou-me que eu tinha chances e que me ajudaria a vencer a doença. Ele logo me disse que eu precisava fazer a cirurgia de remoção da mama. Antes do procedimento, ainda em 2004, passei uns dias com meu filho em Floripa e quando voltei para o sul, estava pronta para retirar o tumor e ter minha vida de volta. É claro que a cirurgia não foi fácil, mas foi aliviadora. Depois,  segui com a quimioterapia de 21 em 21 dias. Na terceira sessão, meus cabelos começaram a cair. Isso realmente me doeu demais, porque mexeu com a minha autoestima. Porém, não esperei os fios caírem, raspei tudo e usei lenço até meu cabelo crescer. Meus familiares nunca me viram sem cabelo.

ASN: Você passou por alguma complicação durante o tratamento?

SD: Infelizmente. Precisei passar por um segundo procedimento cirúrgico. Outro oncologista que me atendia disse que eu tinha que fazer a remoção completa da mama e de algumas partes da axila. Essa notícia me abalou bastante, mas segui em frente. Fiz a segunda cirurgia e continuei com os tratamentos. Fazia mamografia a cada três meses no início.

ASN: Após a cura, o que mudou na sua vida?

SD: Sempre fui resiliente, mas é claro que em muitos momentos fiquei abalada. Chorava enquanto tomava banho para conseguir ser forte na presença dos meus filhos e marido. Nunca me entreguei à doença e também fiz o que me foi proposto. Meu otimismo me ajudou, sobretudo minha fé em Deus. Hoje, sou uma pessoa mais consciente e cuido muito mais de mim. Faz um ano que comecei a fazer academia e me alimento muito melhor.

ASN: O que você considera ser essencial na cura da doença?

SD: A minha cura veio através do cuidado com a saúde. Acredito que isso tenha feito toda a diferença. Além disso, foi muito importante eu ter seguido as orientações médicas. Com tanto conteúdo sobre o assuntos nos livros, também pude me informar e fazer tudo que pude para viver. Hoje, graças a Deus, estou curada. [Equipe ASN, Jhenifer Costa]