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Comportamento

Humanização nos relacionamentos é foco de capacitação religiosa em São José dos Campos

Encontro Missão Novo Tempo capacitou líderes no Vale do Paraíba para a necessidade de relacionamentos mais humanizados entre adventistas e interessados.


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450 líderes voluntários da Igreja Adventista foram treinados em como recepcionar o interessado da Novo Tempo. (Fotos: Mairon Hothon)

São José dos Campos, SP [ASN] Com a expansão cada vez maior e mais rápida da TV Novo Tempo, cresce também o número de pessoas interessadas em estudar a Bíblia e conhecer a Igreja pregada pela emissora. Um fenômeno que as Igrejas Adventistas sentem diariamente, mas que no entanto traz um alerta: quando o acolhimento da TV é totalmente diferente do encontrado nos templos físicos? Um abismo que gera efeitos negativos não só para a instituição como para o próprio cristianismo.

No último domingo, 8 de novembro, a administração da Igreja Adventista em São Paulo promoveu o Encontro Missão Novo Tempo que trouxe para o centro dos debates a necessidade e a urgência de tornar os relacionamentos mais humanizados e menos técnicos entre os adventistas e os amigos convidados.

O treinamento que percorreu todas as regiões administrativas da Igreja no Estado chegou a região do Vale do Paraíba para alinhar as estratégias com os líderes de Recepção, Ministério Pessoal e Comunicação das igrejas locais. O evento aconteceu no Colégio Adventista de São José dos Campos e reuniu mais 450 voluntários.

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Missão Novo Tempo já passou por todas as regiões administrativas de SP para debater maior necessidade da Igreja: saber acolher bem!

O diretor de Comunicação da Igreja Adventista em São Paulo, Pr. Odaílson Fonseca, chamou a atenção dos fiéis para a necessidade de cada igreja se atentar para os detalhes que fazem a diferença na hora de recepcionar alguém fruto da Novo Tempo ou que tenha entrado no prédio sem indicação.

“O maior problema que temos não é o técnico, não é uma fachada fora do padrão ou sinalização das igrejas, mas de tornar mais humano os nossos relacionamentos quando recebemos alguém ‘diferente’ daqueles que já frequentam nosso meio. Para o telespectador, a TV é uma pessoa, mas pessoa mesmo a gente só encontra na congregação e é lá que precisa haver o aconchego, porque a verdadeira recepção não acontece só na porta, mas no banheiro, galeria, corredor e banco de igreja. Nosso maior apelo é que as pessoas se tornem verdadeiros cristãos”, apela o pastor.

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"Precisamos de mais relacionamentos humanizados, amizades relacionais, de vivermos o cristianismo prático", diz Pr. Odaílson Fonseca.

Durante sua exposição, Odaílson também chamou a atenção dos fiéis para o fato que comunicamos muito mais pela linguagem não verbal do que a verbal, e ao julgar pela aparência estamos deixando de seguir o exemplo de Cristo.

“A Igreja Adventista é especialista na linguagem verbal, temos uma organização impecável, seguimos as doutrinas bíblicas e nosso modelo de vida traz mais saúde, mas quando falamos em demonstrar por meio de expressões, infelizmente perdemos muita gente para outras denominações que não tem nada de doutrinário, mas que abraça que chega sem distinção”, ressalta.

Ainda na sua palestra, o líder de Comunicação abordou os dez passos para uma recepção nota 10 e o desenvolvimento dos Espaços Novo Tempo como forma de minimizar a diferença de programação da igreja tradicional e o programa da teve.

Da recepção ao ciclo do discipulado.

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Voluntários nas áreas de Recepção, Ministério Pessoal e Comunicação de Guarulhos, Vale do Paraíba e Litoral Norte vieram para o treinamento.

Quem também palestrou na manhã do último domingo foi a líder do Ministério de Recepção, profª Irene Lisboa, destacou para a importância dos ministérios e departamentos trabalharem integrados para benefício de toda a comunidade.

“Uma recepção nota 10 é aquele que tem gente pra trabalhar, tem material, tem equipe mas que também tem continuidade, ou seja, tem interesse pela pessoa mesmo depois que ela foi embora. Hoje nosso desafio é fortalecer nossas equipe e promover a integração dos ministérios principalmente nas pequenas e grandes igrejas”, afirma.

Um exemplo que tem dado certo nesse aspecto de integração vem da cidade de Arujá, região metropolitana de São Paulo. Na igreja do Parque Guanabara, a empresária Kátia Martins lidera há três anos a recepção do local e diz que unir os esforços fez toda a diferença.

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Casal Nilson Cabral e Maysa dos Reis trabalham juntos com o Ciclo do Discipulado: pessoa bem recepcionada, pessoa animada para trazer mais gente!

“A minha comunidade é unida então isso facilita muito quando abordamos alguém que chega em nossa igreja. Receber com um sorriso na porta, ter um amigo que senta ao lado e receber um convite para almoço é algo que cativa qualquer pessoa”, relatou.

Já na abordagem do pastor Edmilson Reis, líder do Ministério Pessoal, a importância do ciclo do discipulado vai além do que dar estudos bíblicos, mas de fortalecer a fé da pessoa e uni-las em torno do mesmo objetivo: salvar pessoas para o Reino. Quem experimenta essa fórmula é o encanador Nilson Cabral, adventista em Caraguatatuba.

“Primeiro a gente acolhe a pessoa e ver quais são as necessidades físicas dela, para depois chamar para participar do grupo de estudos bíblicos. Fazemos amizade e depois aquele contato mais íntimo a fim de leva-la ao batismo. Lá na igreja mesmo estou muito feliz por ver que essa fórmula tem dado certo e aos poucos conseguimos atrair mais gente para Cristo”, afirma. [Equipe ASN, Mairon Hothon]