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Coluna | Wilson Borba

Jesus Cristo, singular e inevitável

Quem é Jesus Cristo em essência? O artigo responde


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Embora rejeitado pelos seus, Cristo deu sua vida em favor dos pecadores (Foto: Shutterstock)

No dia 12 de outubro de 2016, o Cristo Redentor, localizado no Rio de Janeiro, completou 85 anos desde a sua inauguração. A famosa estátua que retrata Jesus Cristo está localizada no topo do morro do Corcovado, com vista para a maior parte da cidade do Rio de Janeiro. Ela pesa 1.145 toneladas, tem trinta metros de altura, sem contar os oito metros do pedestal, e seus braços se esticam por 28 metros de largura.[1]

Quem é Jesus Cristo? Talvez esta seja a mais importante pergunta a ser feita nesse ensandecido mundo, e em nossa vida fugaz. A singularidade da pessoa e vida de Jesus Cristo refulgem nas Sagradas Escrituras com paradoxos além da possibilidade e imaginação de qualquer mente prodigiosa.

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Seu nascimento virginal contrariou a lei natural. Com 12 anos de idade, Seu conhecimento fascinou doutores no templo em Jerusalém. Viveu 30 anos de sua curta existência em um obscuro e pequeno vilarejo. Dedicou apenas três anos e meio ao seu ministério e impactou o mundo de tal maneira, que a história foi dividida em antes e depois Dele. Sem distinção de classes viveu para servir. Curou milhares de pessoas enfermas. Abriu os olhos dos cegos de nascença. Mudos falaram e o louvaram.

Por sua palavra, expeliu incontáveis demônios. Purificou leprosos dando a eles saúde e pele como a de criança. Ressuscitou a filha de Jairo, o filho da viúva de Naim, e a Lázaro, já em estado de putrefação depois de quatro dias em seu sepulcro. Suas mãos multiplicaram pães e peixes e alimentaram milhares de pessoas famintas. Jesus Cristo era ímpar e inevitável. Não havia como não percebe-lo.

Andou por sobre as águas, acalmou a fúria dos ventos e do mar. E os homens atônitos diziam: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mateus 8:27). Muitos definem Cristo como o judeu mais talentoso, e inteligente do seu tempo. Mas quem Ele foi realmente? Um grande profeta? Um poderoso médico? Um mestre vindo de Deus? Um extraordinário gênio? Se por um lado é desonestidade torcer o que alguém diz de si mesmo, é sinal de humildade e integridade interpretar corretamente suas palavras. Jesus Cristo reivindicou nada mais nada menos que a divindade (João 8:58; 14:9).

Tão vital é saber quem Ele era, e disse ser, que perguntou aos seus discípulos sobre quem o povo dizia ser Ele. Respondendo, lhe disseram: “Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas” (Mateus 16:14). As multidões descuidadas têm ideia superficial de Jesus Cristo. Segui-las é errar no crucial, pois não é de opiniões que o homem precisa, mas da verdade. Não é de teologia, é de Deus. Não é meramente de religião, é de Cristo.

O conhecimento da pessoa de Jesus Cristo é resultado da revelação divina. Testando seus discípulos, perguntou-lhes: “Mas vós, continuou Ele, quem dizeis que eu sou?” “Respondendo Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:15, 16). Jesus afirmou ao discípulo: “Bem aventurado és Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (versículo 17).

A Bíblia não apenas contém a Palavra de Deus, mas é a sua Palavra. E as Escrituras retratam Jesus Cristo não como quase Deus, mas como o verdadeiro Deus (1 João 5:20); não como quase homem, mas como o verdadeiro homem (João 20:27, 28). “Nosso Salvador não era duas pessoas, mas tinha duas naturezas dentro de uma pessoa.”2

Divino e humano

Eis o maior dos paradoxos de Cristo. Como pode ser pleno Deus e pleno homem? Sua natureza divina e Sua natureza humana foram nele unidas. É o mistério da encarnação. Ele é o Deus Criador (João 1:1-3), e, sem perder nada de sua divindade, tornou-se homem para nos salvar do pecado (versículo 14; Filipenses 2:5-8). Ele é o Deus eterno (Hebreus 1:8; 1 João 5:21), e Deus conosco (Mateus 1:23). Ele é único. Não foi gerado, nem criado. Sendo Deus, humilhou-se extremamente, nascendo de mulher (Isaías 7:14; Lucas 1:34-35).

Pela encarnação tornou-se o segundo Adão, sem pecaminosidade, ou pendor para o mal (Romanos 5:14; Hebreus 7:26). Como seria o Salvador dos bilhões de perdidos que contaminam o planeta Terra se Ele fosse exatamente como um de nós, poluído por natureza pecaminosa e paixões? Ele foi um entre nós, mas não um de nós.

Foi afetado por limitações da natureza física humana3, mas não infectado pelo pecado.[2] Ele é o Senhor Justiça nossa (Jeremias 33:16), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Aquele que nos ama e em seu sangue nos libertou dos nossos pecados (Apocalipse 1:5). Creio de todo coração no meu bendito Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amigo, você já aceitou Cristo como seu Senhor e Salvador? Qual é seu problema? Ele lhe ajudará. Vá a Ele.


Referências:

[1]Cristo Redentor, https://pt.wikipedia.org/wiki/cristo_redentor#hist.c3.b3ria (consultado em 15 de setembro de 2016).

2Norman R. Gulley, Christ our Substitute (Washington D.C.: Review and Herald Publishing, 1982).

3Fome, sede, cansaço, enfermidades, e morte.

[2]Amin A. Rodor, O incomparável Jesus Cristo (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2015). 30, 33.

Wilson Borba

Wilson Borba

Sola Scriptura

As doutrinas bíblicas explicadas de uma forma simples e prática para o viver cristão.

Bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. Possui mestrado e doutorado na mesma área pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho. Possui um mestrado em Sagrada Escritura e outro doutorado em Teologia pela Universidade Peruana Unión (UPeU). Ao longo de seu ministério foi pastor distrital, diretor de departamentos, professor e diretor de seminários de Teologia da Igreja Adventista na América do Sul.