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Coluna | Márcia Ebinger

Quando a morte bate à nossa porta

Hoje está sendo um dia triste para mim. Se você já perdeu algum ente querido, com certeza sabe do que eu estou falando. Quando vivemos a experiência da morte bem de perto aprendemos algumas coisas que, em outras situações, temos dificuldade de entend...


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Hoje está sendo um dia triste para mim. Se você já perdeu algum ente querido, com certeza sabe do que eu estou falando. Quando vivemos a experiência da morte bem de perto aprendemos algumas coisas que, em outras situações, temos dificuldade de entender.

Vou pontuar aqui pelo menos sete desses aprendizados:

  1. Quando a morte bate à nossa porta, aprendemos que não temos mesmo nenhum controle sobre a duração da nossa vida. Nenhum! Entendemos que somos mesmo pó e para o pó voltaremos sem uma hora ou dia marcados.
  2. Quando a morte bate à nossa porta aprendemos que não temos força para lutar contra ela. Nessa hora não temos forças para reagir. Dependemos unicamente das forças que Deus nos dá para suportar esse momento. E por que é assim? Porque fomos feitos para a vida e não para a morte. Fomos originalmente feitos para a eternidade e não para uns poucos anos de existência.
  3. Quando a morte bate à nossa porta sentimos muito claramente os sentimentos que nos unem às pessoas que nos cercam. Você percebe que amava muito mais do que imaginava.
  4. Quando a morte bate à nossa porta pensamos intensamente no que deveríamos ter feito e falado e não fizemos nem falamos.
  5. Quando a morte bate à nossa porta as coisas materiais perdem completamente o seu valor. Completamente.
  6. Quando a morte bate à nossa porta normalmente não sabemos o que fazer com as crianças, como falar, o que fazer com elas nessa hora de dor e separação. Na verdade, perdemos boas oportunidades de conversar com elas sobre o fato mais certo da vida: a morte. Psicólogos afirmam que se não damos à criança a chance de falar, expressar sua curiosidade, estamos deixando-a só com seus receios e fantasias. Querer poupar as crianças desse momento não é o ideal.
  7. Quando a morte bate à nossa porta temos que abraçar e verdadeiramente viver a nossa fé: A certeza de que a morte é um sono e de que o(a) nosso(a) querido(a) irá ressuscitar por ocasião da volta de Jesus (Daniel 12:2 e 13; Mateus 9:24; I Coríntios 15:6; Efésios 5:14; I Tessalonicenses 4:13-15; entre outros).

Não é fácil seguir adiante depois da morte de um ente querido. A dor diminui com o tempo e isso terá que ser aceito como um processo natural. É importante não esconder as emoções e não negar a realidade. Enfim, o certo é que refletir sobre a morte tem o seu lado positivo, e devemos fazer isto antes que ela aconteça.
Li essa frase em algum lugar e quero encerrar esse artigo com ela: “Pensar na morte faz bem para a vida”.

Márcia Ebinger

Márcia Ebinger

Desafios em Família

Os dilemas da família moderna e como superá-los.

Formada em Jornalismo, trabalhou em três empresas do ramo antes de atuar em instituições adventistas. Ao longo desse período realizou atividades ligadas à TV, rádio, mídia impressa e web. É casada e mãe de dois filhos. @marciaebinger