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Coluna | Felipe Lemos

Dia do Amor Incomparável

O Dia das Mães é uma data que chama muita a atenção, independente de cultura ou geografia. No Brasil, é comemorada no segundo domingo do mês de maio e sempre tem um forte apelo. Inclusive em âmbito comercial é uma das datas com registro de maiores ve...


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O Dia das Mães é uma data que chama muita a atenção, independente de cultura ou geografia. No Brasil, é comemorada no segundo domingo do mês de maio e sempre tem um forte apelo. Inclusive em âmbito comercial é uma das datas com registro de maiores vendas no comércio. Quando se fala da origem da data, há alguns que resgatam uma certa comemoração na Grécia antiga. Mas é praticamente consenso que a data que hoje se tem em vários países (maio) vem de uma resolução do presidente norte-americano Woodrow Wilson que institui a primeira celebração ocorrida no dia 9 de maio de 1914. Essa decisão aconteceu por influência e força de Anna Jarvis que, dois anos depois da morte de sua mãe (Ann Maria Reeves Jarvis), criou um memorial à mãe e iniciou uma campanha para o que o dia fosse reconhecido. É importante ressaltar que sua mãe foi uma ativista que organizou, muito tempo antes em 1865, os chamados dias de amizade com as mães a fim de melhorar as condições dos feridos na terrível Guerra da Secessão ocorrida nos Estados Unidos com mais de 600 mil mortos.

Mas a história recente nos mostra um significado mais amplo para o Dia das Mães. Li, em um jornal brasileiro, uma história publicada em maio de 2012 e que ilustra bem o que significa ser mãe. Fala de uma psicóloga chamada Rosângela Fernandes, que adotou um menino que sofreu paralisia cerebral apos os maus tratos da mãe biológica. Afirma a reportagem do jornal A Crítica, do Amazonas, desse data e assinada por Israel Conte, que em 2007 Rosângela trabalhava em um abrigo e lá conheceu o menino chamado Izaquiel Fernandes, uma criança que tinha sido arremessada várias vezes contra uma parede em ataque de fúria da mãe que o pariu. A reportagem tratava da luta dessa mãe adotiva para conseguir recursos para o tratamento do filho e sua reabilitação.

Diante de histórias como essas é possível ter uma ideia do que realmente significa aquela que gera a vida. É por isso que a Bíblia compara o amor de Deus pelo ser humano ao amor de uma mãe. Na Bíblia, em Isaías capítulo 49 e versículo 15, é dito que “O Senhor responde: "Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês”. (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). A mesma atitude de uma mãe que, muitas vezes apesar de ser adotiva, não abandona e não esquece do filho (ainda que seja adotado) é manifestada por Deus. Podemos chamar isso de amor incomparável, porque realmente não tem paralelo nas relações humanas comuns.
Se olharmos exemplos da Bíblia veremos o ardor de mães que lutaram por seus filhos. Algumas lutaram com Deus, inclusive, para poder gerar os filhos como Sara ou Ana. Outras dedicaram o filho a Deus como a mulher de Manoá que colocou o forte Sansão sob os cuidados de Deus.

Há muito mais a exemplificar, mas o mais importante é compreender que o amor de mãe e que os filhos devem retribuir inclusive por força do mandamento divino é superado pelo amor de Deus. Imagine, então, o que representa esse amor maior por nós.
Podemos pensar no Dia das Mães como Dia do Amor Incomparável. Dia em que paramos para refletir um pouco sobre abnegação, doação, empatia, solidariedade e apreço desinteressado. Quantas mães não ganham absolutamente qualquer recompensa material ou emocional, mas continuam carinhosamente orientando seus filhos teimosos e que insistem em continuar errando nos mesmos pontos de sempre. Pelo contrário. Até perdem noites de sono e roem as unhas preocupadas com aqueles pelas quais nutrem total consideração.

Vamos trazer isso para nossa relação com Deus e dar uma maior dimensão. Deus tem a capacidade incrível de nos perdoar, de nos aceitar novamente como seres recuperados e arrependidos e nos dar nova chance em troca de nada. Gratuitamente, graciosamente, sem pedir algo em troca a não ser nossa aceitação. Até quando uma mãe luta por um filho? Até a morte se necessário em muitos casos. E Deus fez isso também. Não poupou nem o próprio Filho para morrer em nosso favor.
Se esse amor não produzir em nós uma reação impressionante, o que mais fará? Que Deus abençoe as mães, figuras muito bem apresentadas do grande interesse de salvação de Deus por cada um de nós.

Por Felipe Lemos

Felipe Lemos

Felipe Lemos

Comunicação estratégica

Ideias para uma melhor comunicação pessoal e organizacional.

Jornalista, especialista em marketing, comunicação corporativa e mestre na linha de Comunicação nas Organizações. Autor de crônicas e artigos diversos. Gerencia a Assessoria de Comunicação da sede sul-americana adventista, localizada em Brasília. @felipelemos29